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Mesa de Negociação: Segue o impasse no Banco da Amazônia. AEBA mantém posição de Rejeitar.

Segue o impasse no Banco da Amazônia, terminamos agora mais uma rodada de “negociações” (as aspas indicam que o Banco ensaia uma chantagem e 
ameaças também). Abaixo divulgamos o texto da integra da proposta e 
pedimos que todos leiam e divulgamos também nossa avaliação das 
propostas.
Antes, porém, informamos que as cláusulas da proposta abaixo se referem 
à investida do Banco para alterar nosso ACT para atingir objetivos do 
próprio Banco, NÃO HÁ NA PROPOSTA ATENDIMENTO DAS NOSSAS PRINCIPAIS 
REIVINDICAÇÕES! Exceto o adicional de sobre aviso. Então caso essa 
proposta passe,  vamos claramente perder Direitos e caso o Banco as 
retire (o que é possível) vamos no máximo empatar! Ou seja, ficaríamos 
como estamos – SEM SAÙDE, SEM PCCS, SEM ISONOMIA COM OUTROS BANCOS.
A primeira parte da proposta refere-se ao acordo da FENABAN: 5% esse ano 
e INPC + 1% no próximo ano – esses valores seriam utilizados para 
reajustar todas as cláusulas com impacto econômico dentre as mais 
importantes estão o tíquete e a cesta alimentação. Em seguida, o Banco 
apresenta cláusulas que pretende mudar: em sua maioria as mudanças são 
sutis, mas são nas sutilezas que as maldades estão. Podem conferir o 
texto da proposta em anexo com o ultimo ACT de 2016/2018 e verão que 
numa parte maioria delas o Banco retira algum direito do empregado:
1.      Abono de Falta do Estudante: o texto atual fala de “atividades 
curriculares obrigatórias” o banco quer retirar esse texto e deixar 
apenas “provas e exames” pois como o texto está hoje a aula pode ser 
incluída.
2.      Indenização para Transporte Noturno – O Banco quer burocratizar, 
criar uma série de exigências desnecessárias para dificultar o acesso ao 
direito.
3.      Manutenção dos Salários e Integralização – Banco quer que o empregado 
afastado pelo INSS se submeta a pericio do Banco. Não concordamos com 
isso. O INSS é um órgão isento e não está implicado na relação capital e 
trabalho. Deve caber a ele essa perícia.
4.      Banco de Horas – Banco quer mais uma vez implantar Banco de Horas – 
já rejeitamos isso – O Banco tem é que pagar horas extras. Seu objetivo 
aqui é deixar de pagar as horas extras na justiça, coma mudança do 
acordo.
5.      Jornada de Trabalho – Banco quer regulamentar a jornada no ACT e 
ainda estamos avaliando os efeitos jurídicos, por exemplo, o texto do 
acordo fala que a jornada “deverá estar disciplinada por normas 
internas” e isso pode deixar a CLT de fora e as ações de 7º  e 8º horas 
em situação de risco.Para não alongar o texto, pedimos que todos leiam a proposta, mas já 
adiantamos que esses pontos que o Banco quer alterar diferente do que 
eles afirmam “TRAZEM CLARAMENTE RETIRADA DE DIREITOS” e isso não podemos 
aceitar. Além de não acrescentar nada, como já falamos.A parte final da proposta é composta de itens que o Banco se compromete 
a cumprir, mas que não estariam no Acordo Coletivo de Trabalho e 
refere-se a PCCS, Saúde e PLR (é que chamam de extra ACT). Mas nenhuma é 
conclusiva e objetiva, sempre vaga e subjetiva, a comissão sempre afirma 
que se comprometem a debater o tema, mas apenas isso.
Dissemos para a comissão que faz muito tempo que não acreditamos mais 
nessas promessas.
A comissão de negociação também não assinou a proposta e nem nos 
entregou, ainda, as atas das mesas de negociação que são muito 
importantes para os sindicatos.
Perguntamos também se podíamos rejeitar em parte e aceitar em parte a 
proposta, a comissão disse que não, ou aceita tudo ou rejeita tudo.
Nesse caso entendemos que devemos REJEITAR!Algumas orientações sobre a negociação com o Banco:1.      Leiam A PROPOSTA com atenção.
2.      Na proposta não tem nossas reivindicações, mas sim as do Banco! 
Parece esquisito, mas é efeito da reforma.
3.      Lembrem que agora o ACT é mais importante que a CLT, uma vez assinado 
o ACT não há como reclamar na justiça.
4.      Não se deixe levar pelos discursos dos gerentes – eles estão apenas 
defendendo seus cargos.
5.      Não precisamos necessariamente fazer GREVE, podemos apenas rejeitar a 
proposta e pedir a reabertura da mesa – não vamos aceitar uma proposta 
ruim por receio da GREVE.
6.      Não é por que os outros bancos não vão fazer greve que temos que 
aceitar qualquer coisa.
7.      Se alguém disser que deve aceitar por que vai ficar sem os direitos 
do ACT diga a essa pessoa que isso é uma CHANTAGEM, uma ameaça e que não 
é assim que um processo sério e transparente de negociação deve ocorrer.

As entidades pediram a prorrogação do Acordo enquanto debatemos o novo, 
é o Banco que não quer prorrogar para fazer uso político. Não está 
correto coagir pessoas assim.

Diretoria da AEBA.

1 Comentário
  1. Marlon 6 anos ago
    Reply

    É claro que temos que rejeitar..

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