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Bancos cobram de 2 a 3% a mais em renegociação de dívidas, diz pesquisa

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Atualmente, 50% dos contratos de dívidas e derivativos são renegociados antes da data de vencimento, segundo levantamento da consultoria financeira Mark 2 Market. No entanto, no momento de trazer o débito para valor presente, os bancos costumam acrescentar uma cobrança de 2 a 3% ao ano de spread.

No universo de 18 empresas pesquisadas dos segmentos de agronegócios, indústria e concessionárias de energia, o valor médio desses empréstimos renegociados é de aproximadamente R$ 5 milhões. O spread bancário por operação varia, portanto, entre R$ 100 e R$ 150 mil ao ano. Para se ter ideia do volume total, essas companhias operam aproximadamente R$ 10 bi por ano no mercado financeiro.

Segundo Rodrigo Amato, sócio diretor da Mark 2 Market, há diferença no spread por conta da assimetria de conhecimento. %u201CMuitas vezes, as empresas não compreendem o cálculo para trazer a dívida futura a valor presente, principalmente, as que não têm muito contato com o mercado financeiro%u201D, afirma.

Para o executivo, compreender a fórmula é o primeiro passo para aumentar o poder de negociação com os bancos. %u201CMesmo sabendo fazer a conta, as empresas ainda dependem dos bancos para liquidar a dívida, portanto, não dá pra garantir que a cobrança será evitada. Mas com um conhecimento adequado é recomendável ir a mercado em busca de taxas mais atrativas, principalmente depois do advento da portabilidade do crédito. Se um banco cobra 2% de spread, é possível encontrar outro disposto a cobrar 1% ou até menos%u201D, diz.

Rodrigo Amato explica também que o valor justo da liquidação antecipada deve levar em conta apenas o prazo restante para o vencimento do contrato e a taxa de mercado na data da renegociação. %u201CCom o pagamento antecipado da dívida, acaba o risco de crédito e de mercado, o banco recebe de volta os recursos e pode emprestá-los novamente. Portanto, a cobrança adicional não tem sentido econômico%u201D, esclarece.

Com o objetivo de fornecer essas informações para as empresas, a Mark 2 Market lançou a primeira ferramenta online de gestão de tesouraria da América Latina. O M2M Monitor permite a essas companhias a gestão integrada de riscos, dívidas e investimentos. Além de fornecer o valor atualizado de operações financeiras, preços de commodities, taxas de juros pré e pós-fixadas, índices de inflação e informações históricas de câmbio, o software auxilia na marcação a mercado e testes de efetividade para aplicação do hedge accounting.

http://www.bancariosma.org.br/paginas/noticias.asp?p=10472

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