Banco da Amazônia

Kátia Abreu, Embargo Judicial à agência de Imperatriz, e palestra do presidente do TRT: a diretoria continua fragilizando o Banco da Amazônia.

Será no dia 14 de junho a audiência publica na Comissão de Agricultura do Senado Federal para, segundo a Senadora Kátia Abreu, “avaliar a real situação do BASA”. As motivações para a audiência são de toda ordem, indícios de falta de transparência na gestão dos recursos (segundo a ONG Contas Abertas), queda da rentabilidade sobre o Patrimônio Liquido (PL), inconformidades na gestão do FNO e FDA, segundo informações oriundas de fiscalizações e auditorias realizadas pelos órgãos de controle federal.

Quarta-feira, 16 de maio a Juíza do Trabalho da Comarca de Imperatriz, expediu liminar em ação movida pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão, interditando o prédio da agência daquela cidade. O sindicato juntou na petição laudo da defesa civil da cidade atestando a inaptidão da estrutura predial da unidade, o que colocava em risco a vida dos empregados.

Na sexta-feira, dia 11 de maio, o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª região realizou palestra no Conselho Regional de Economia onde, abertamente, claramente, defendeu e afirmou que vai lutar (não precisamos desse tipo de luta) para que o Banco da Amazônia seja incorporado pela BB.

Em comum entre esses fatos existe a postura autoritária, oligarquizada e orgulhosa do presidente do banco e de sua Diretoria. Está mais do que claro que os problemas do fomento foram produzidos pela orientação estratégica adotada nos últimos cinco anos. A estrutura do crédito de fomento foi desmontada, desarticulada, diluída na estrutura de varejo bancário, produzindo uma tensão pelo curto prazo e deficiências de controle no crédito de fomento. As criticas que recebemos hoje da Senadora Kátia Abreu, cujas reais intenções desconhecemos, nos alcança pelo flanco aberto na gestão do Sr. Abdias José de Souza Junior, cujas reais intenções, nós também desconhecemos.

A ocorrência de Imperatriz é sintomática do modo de agir da diretoria do banco. Nunca toma medidas preventivas, sempre procura um culpado depois do problema instalado, sempre coloca um gestor que não tem formação na área, para comandar uma área tão especifica como a área de patrimônio e suprimentos. A estrutura predial da unidade estava comprometida. A defesa civil fez um laudo condenando. O banco não interditou a agência, colocou em risco a vida dos empregados, se não fosse pela intervenção do Sindicato o risco da agência cair na cabeça dos colegas continuaria. Hoje, em vez de atuar para reformar a agência e recompor sua condição de trabalho a diretoria atua para caçar a liminar.

É como faz com o problema da CAPAF, da CASF, da CORAMAZON. Em vez de atuar para resolver o problema, atua para caçar, bloquear, impedir que as entidades garantam os direitos dos trabalhadores. A diretoria do banco está numa guerra contra o próprio banco. Ao não pagar nossa PLR como mandou o TST, ao nos ameaçar com o corte nos salários em relação às horas de GREVE. Ao forçar o trabalho numa agência caindo, ao mudar nossa estratégia e fragilizar nossos controles e nossa atuação no fomento, ao tratar os empregados como mero detalhe da empresa, pagando mal, tratando mal, a diretoria está numa guerra contra o próprio banco que deveria dirigir. Assim, mesmo não entrando no mérito, se isso é uma ação deliberada, a diretoria do banco parece estar do mesmo lado do Dr. Alencar, isto é, contra o Banco da Amazônia e pelos interesses do Banco do Brasil.

Perdemos talentos todos os dias. Pessoas que gostam do Banco e que pretendiam ficar, mas que acabam por nos deixar e ir para outra empresa. Isso está acabando com o banco, sem fomento, sem quadro, sem respeito e sem bom senso, não vamos muito longe. Para reerguer o banco é preciso antes de tudo humildade dessa diretoria. Precisamos retomar a estrutura anterior para o fomento. Elevar os salários ao mesmo nível dos demais bancos e estancar a sangria de talentos. Constituir um grupo de técnicos do próprio banco para produzir soluções integradas de TI. Definir o comando das áreas de acordo com a competência técnica para cada área e ouvir, ouvir e ouvir muito aqueles que tornam esse banco possível apesar de tudo: os empregados.

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