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Trabalhadores fazem história no Pacaembu

Sol, chuva, bandeiras de várias cores, fumaça vermelha e até “ola”. Tudo isso compunha o cenário do estádio do Pacaembu, que no gramado, nessa terça-feira 1º de junho, não tinha nenhum jogador de futebol. E a “torcida”, apesar das camisas de diferentes “equipes”, era por um time só: do Brasil com desenvolvimento e justiça social para todos.

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Mais de 20 mil trabalhadores ligados às centrais sindicais CUT, Força, CTB, CGTB e NCST participaram desse dia histórico em que a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora votou uma Agenda com 249 propostas que serão apresentadas aos candidatos à Presidência da República em 2010. Essas propostas estão organizadas em seis eixos estratégicos: Crescimento com Distribuição de Renda e Fortalecimento do Mercado Interno; Valorização do Trabalho Decente com Igualdade e Inclusão Social; Estado Como Promotor do Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental; Democracia com Efetiva Participação Popular; Soberania e Integração Internacional; e Direitos Sindicais e Negociação Coletiva.

> Leia a íntegra da Agenda da Classe Trabalhadora

O documento foi feito após resoluções aprovadas em cada uma das centrais em seus congresso. O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) fez a sistematização das informações.

Contra o retrocesso – No palco, montado no gramado do Pacaembu, revezavam-se ao microfone dirigentes das diversas centrais sindicais, parlamentares, lideranças partidárias, todos saudando os trabalhadores que construíram um novo Brasil nos últimos anos.

O presidente nacional da CUT, Artur Henrique da Silva, destacou a importância da unidade entre as centrais, que garantiu conquistas para toda a classe trabalhadora e citou a política de valorização do salário mínimo, a correção da tabela do imposto de renda, o crédito consignado, mais recursos para a agricultura familiar. “Mas os desafios ainda são muito grandes. Precisamos acabar com a alta rotatividade dos postos de trabalho, com a informalidade, a terceirização e precarização dos serviços. E precisamos garantir o reajuste das aposentadorias, com o fim do fator previdenciário, mas sem a idade mínima que alguns querem implantar e só penaliza quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho”, disse Artur. “E o maior desafio de todos: não permitir o retrocesso, a volta dos responsáveis pela crise, que implantaram a política neoliberal, as terceirizações, as privatizações e geraram milhões de demissões”, completou o presidente da CUT, conclamando os trabalhadores a continuar o processo de mudança cujo norte está na Agenda da Classe Trabalhadora aprovada por unanimidade no Pacaembu.

A superação das diferenças entre as centrais sindicais também foi ressaltada pela presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Mesmo com todas as diferenças é importante essa unidade dos trabalhadores numa conjuntura que discute o projeto de Brasil para os próximos anos.”

Ato encerrado, antes do cair da tarde os milhares de trabalhadores que votaram o documento que quer ajudar a manter o Brasil no rumo do desenvolvimento com soberania, democracia e valorização do trabalho, voltaram para suas casas nas diversas cidades do país certos de, mais uma vez, terem contribuído com a luta por um país melhor para todos.

http://www.spbancarios.com.br/noticia.asp?c=14529
 

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