Banco da Amazônia

Greve geral tem grande mobilização a nível nacional

Ontem, 29, os bancários dos Bancos Públicos e Privados, de todos os 26 Estados e Distrito Federal, iniciaram a greve por tempo indeterminado a fim de pressionar a Fenaban para apresentar propostas que contemplem um reajuste compatível com a lucratividade dos Bancos, PLR e pisos salariais maiores e melhores condições de saúde, segurança e trabalho. Os bancários foram obrigados a lançar mão da greve após a intransigência dos banqueiros em atender as reivindicações da categoria, principalmente o reajuste salarial de 11%.  A categoria não aceita do setor mais lucrativo da economia, onde os cinco maiores bancos (BB, Caixa, Bradesco, Itaú e HSBC) obtiveram um lucro de R$ 21,3 bilhões, essa proposta imoral de apenas repor a inflação do período, de 4,29%.

No primeiro dia de greve a Contraf-CUT divulgou uma carta aberta aos clientes explicando os motivos da greve deflagrada pela categoria. A carta aberta pretende buscar o apoio dos clientes e da sociedade em favor das reivindicações da categoria por melhores condições de trabalho e remuneração, e assim oferecer melhores serviços e atendimento ao público.

"Para atingir esses lucros absurdos, os bancos massacram os bancários. Nos obrigam a vender produtos aos clientes, mesmo que eles não precisem. Exigem metas cada vez maiores, impossíveis de serem cumpridas. Por causa do assédio moral e da pressão insuportável, os bancários estão adoecendo cada vez mais. Mas os banqueiros não querem discutir medidas para preservar a saúde dos trabalhadores", destaca a Contraf-CUT. Para ter acesso à Carta Aberta na íntegra, Clique aqui.

1° dia de greve marca a indignação da categoria do Banco da Amazônia

 No Banco da Amazônia o primeiro dia de greve foi marcado por forte participação da categoria. Além da matriz e agências da região metropolitana de Belém, inúmeras outras, inclusive de outros Estados, estão em greve. Na matriz, os empregados em greve se posicionaram no entorno do edifício sede e, juntamente com a AEBA e SEEB-Pa/Ap, ornamentaram o prédio em suas entradas com faixas e cartazes anunciando o movimento de paralisação.  A Associação distribuiu informativo que deu enfoque aos motivos que levaram a categoria à greve e a importância da mobilização para que o movimento mostre sua força para pressionar a diretoria do Banco da Amazônia a retomar as negociações suspensas de forma unilateral e adotar uma postura diferente no processo negocial, para com isso avançar na discussão de todas as cláusulas apresentadas na pauta de reivindicações.

Entre outras reivindicações, destacamos:

 * Um PCS digno, que valorize o esforço dos empregados e contemple o piso salarial de R$ 2.157 para TB’s, salário mínimo profissional para os TC’s e acesso às promoções e funções comissionadas pelos membros do Quadro de Apoio;

* Reajuste de 18% no reembolso do plano de saúde;

* PLR e Participação nos Resultados por Cumprimento de Metas Sociais do Banco distribuídos de forma linear;

* Isenção de taxas e tarifas bancárias;

* Isonomia de direitos entre os antigos e novos empregados, assim como, entre os Bancos Públicos.

* A implantação da solução CAPAF sem perdas para a categoria. Os empregados admitidos após 1997 também têm direito a uma previdência complementar digna.

O coordenador da Comissão de Negociação dos Empregados do Banco da Amazônia e presidente da AEBA, Sergio Trindade, afirmou "Estamos iniciando hoje, a greve em todo país motivada pela intransigência da Fenaban em não atender as nossas reivindicações”. Seguindo ele “os lucros dos Bancos têm sido altos e eles podem sim atender aos anseios da categoria”. Sérgio disse ainda que luta pelo fortalecimento da greve, principalmente no Banco da Amazônia, para fazer com que sua diretoria se sensibilize, retorne às negociações e apresente uma proposta decente para pôr fim aos baixos salários e melhores condições de vida e trabalho aos seus empregados. Ressaltou ainda “Os salários no Banco da Amazônia estão muito aquém daqueles pagos pelos demais bancos federais. É urgente que conquistemos um novo PCS para resolver essa questão”.

O diretor da AEBA, Roosevelt Santana, disse que “No processo negocial a categoria não deve aceitar pacotes fechados do Banco, pois cada uma das cláusulas da nossa pauta de reivindicações deve ser discutida de forma mais aprofundada para buscar propostas que resolvam a atual situação de penúria pela qual passam seus trabalhadores”. Em sua intervenção, protestou contra as demissões indiscriminadas que o Banco vem praticando, seja por justa causa ou sem justa causa.

Vera Paoloni, diretora da Fetec-CN e ex-presidenta do SEEB-Pa/Ap, enfatizou que “A greve da categoria no Banco da Amazônia, muito acima da expectativa inicial, possibilitará alcançar os objetivos desse movimento”. Para ela, “A categoria deve mostrar sua força de forma unificada para fazer com que a atual diretoria do Banco desça do seu salto alto e venha negociar as reivindicações dos trabalhadores”. 

 

Advogados também entram na luta

Os TC’s advogados do Banco da Amazônia participaram ativamente da greve reivindicando melhores salários, pois recebem hoje algo em torno de 30% do que é pago no BNB para executarem as mesmas funções e terem as mesmas responsabilidades. Segundo uma advogada em greve, uma comissão apresentou as reivindicações à presidência do Banco no início do mês de setembro. O banco foi extremamente intransigente em discutir e sequer concordou em fazer um estudo de viabilidade das reivindicações, que também fazem parte da pauta específica apresentada pela Contraf-CUT ao Banco.

LEVANTAMENTO INICIAL DA GREVE NO Banco da Amazônia

No Pará

Edifício Sede – GREVE

Agência Abaetetuba – GREVE

Agência Altamira – GREVE

Agência Belém Centro – GREVE

Agência Carajás – GREVE

Agência Castanhal – GREVE

Agência Castanheira – GREVE

Agência Cidade Nova – GREVE

Agência Eldorado dos Carajás – GREVE

Agência Icoarací – GREVE

Agência Igarapé-Miri – GREVE PARCIAL

Agência Pacajá – GREVE

Agência Pedreira – GREVE PARCIAL

Agência Reduto – GREVE

Agência Santarém – GREVE

Agência Tucuruí – GREVE

Agência Uruará – GREVE

Agência Ruronópolis – GREVE

SUPER – PA I – GREVE

Em Rondônia

Agência Rolim de Moura – GREVE

Agência Ji-Paraná – GREVE

Agência Porto Velho – GREVE

Agência Buriti – GREVE A PARTIR DE AMANHÃ

Agência Vilhena – GREVE

Em Mato Grosso

Agência Cuiabá – GREVE

Agência Várzea Grande – GREVE

Agência Rondonópolis – GREVE

No Maranhão

Agência São Luis – GREVE

Agência Caxias – GREVE

No Acre

Agência Rio Branco Centro – GREVE

Agência Rio Branco Metro – GREVE

Agência Feijó – GREVE A PARTIR DE AMANHÃ

Agência Cruzeiro do Sul – GREVE

Agência Brasiléia – GREVE

No Tocantins

Agência Pedro Afonso – GREVE

Agência Colinas – GREVE

Agência Dianápolis – GREVE 

Agência Gurupí – GREVE

Agência Palmas Centro – GREVE

Agência Palmas Metropolitana – GREVE PARCIAL

No Amazonas

Agência Manaus Cachoeirinhas – GREVE

Agência Manaus Metro – GREVE
Agência Manaus Centro – GREVE

Agência Maués – GREVE

Se a sua agência entrou em greve, é importante informar à AEBA e a seu Sindicato de base!

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