Banco da Amazônia

Cerca de 70 mil pessoas em defesa de um outro mundo







    

A forte chuva que caiu na tarde de ontem, 27, em Belém, não impediu que cerca de 70 mil pessoas comparecessem à caminhada de abertura do 9º Fórum Social Mundial, que acontece até o dia 1º de fevereiro na capital paraense. Em uma clara demonstração de unidade anti-capitalista, diversos grupos foram às ruas da cidade dar um recado à elite mundial: um novo mundo é possível.

A diversidade e o pluralismo de idéias tomaram conta, de forma inédita, das ruas de Belém, movidos pela esperança na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Durante mais de três horas, ambientalistas, socialistas, comunistas, nacionalistas, punks, entre outras matizes ideológicas do Brasil e do mundo, caminharam juntos para denunciar as desigualdades sociais do sistema capitalista e deixar claro que não irão aceitar que os trabalhadores paguem pela atual crise econômica mundial.

Na caminhada, a animação e os protestos irreverentes e inusitados, chamavam a atenção, como o promovido pela ONG Greenpeace, que levou para a manifestação um boi inflável, de aproximadamente 4 metros de altura, pintado com as bandeiras dos países que aumentaram consideravelmente o consumo da carne bovina produzida nas áreas devastadas da Amazônia.

Defendendo os interesses da categoria bancária e da soberania da Amazônia, a AEBA deu a sua contribuição à passeata com faixas e cartazes, expressando a posição da entidade diante da atual conjuntura sócio-econômica. Compondo a delegação da AEBA, participaram, entre outros, o presidente Sergio Trindade e os diretores Roosevelt Santana, Iran Mendes e Luiz Paulo Amador, este último envolvido diretamente na organização do Fórum.

Para Sergio Trindade, que além da AEBA, estava representando a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CN), a caminhada comprovou a importância do Fórum. “A manifestação foi grandiosa, pois representou a união de diferentes culturas e povos do nosso planeta, banhado pela chuva forte, típica da região, que só veio animar a festa, trazendo a energia para acreditar que um outro mundo é possível”, acredita Sergio.

No contexto amazônico, o FSM representa uma oportunidade de discussões que possam garantir um desenvolvimento econômico e social, sem destruir e degradar o meio ambiente. Segundo o diretor Luiz Paulo Amador, o debate veio despertar o interesse pelas políticas regionais. “A idéia das discussões, divergências e acordos devem ser levadas adiante e tornarem-se políticas de reivindicações para que o desenvolvimento venha de forma igual para todos. A prova disso é que a AEBA está promovendo um Painel sobre Crédito Solidário, que já converge com outras idéias, como é o caso do Banco Tupinambá”, avalia Luiz Paulo.

A programação do Fórum segue até o dia 1º de fevereiro. No próximo dia 30, a AEBA promove o painel “Crédito solidário para o desenvolvimento sustentável da Pan-Amazônia”, que acontecerá das 8h30 às 11h30, na sala 1, do Bloco A, do campus Profissional da UFPA. A diretoria da AEBA convida toda a categoria bancária a se fazer presente no painel e participar ativamente das atividades do Fórum Social Mundial.

   

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